Copa do Mundo Feminina: o esporte e a moda como potência para a transformação social 

O país do futebol está preparado para as agitações, gritos e vuvuzelas de mais uma copa do mundo, mas desta vez para vibrar o futebol jogado por Marta, Geyze e Gabi Nunes. Esse entusiasmo é reflexo da primeira vez que a Copa do Mundo Feminina está sendo transmitida ao vivo e em tv aberta, além dos canais fechados e pela internet. Para esta estreia, a CBF e a marca de moda Animale desenvolveram o traje oficial de alfaiataria para a seleção feminina. Com essas novidades, interessante se faz a reflexão acerca da moda no esporte e de que forma sucede o envolvimento do esporte na moda, evidenciando a potencialidade para grandes mudanças sociais. 

A Copa do Mundo Feminina foi disputada somente 8 vezes desde sua criação em 1991, e as brasileiras chegaram na Austrália e Nova Zelândia como favoritas para trazer a taça para casa e, considerando que o país vem de uma sequência de frustrações com a seleção masculina, a feminina se apresenta como uma esperança para quebrarmos a “maldição do 7×1”. Essas mudanças são notáveis avanços no cenário do futebol mundial, aduzindo em visibilidade às jogadoras e à própria seleção, que, nos dias atuais, é sinônimo de investimento. 

Justamente por esse campo aberto no mercado, esporte e moda andam juntos há tempos: na década de 1920, a Coco Chanel utilizou uma malha que era exclusivamente para trajes esportivos e Lacoste saia das quadras de tênis com a famosa camiseta pólo. Atualmente, é notório o impacto dos artigos esportivos no mercado: no esporte com evoluções tecnológicas que resultam em melhores performances, e no dia-a-dia, gerando conforto, praticidade e estética.

A Animale, liderada por uma mulher e única marca de moda embaixadora do Movimento Elas Lidera, iniciativa do Pacto Global da ONU, reforçou seu compromisso com o empoderamento feminino e a igualdade de gênero. Com efeito, as atletas que participaram ativamente da escolha do primeiro traje formal, e sendo a primeira Copa do Mundo Feminina transmitida em tv aberta, as brasileiras estão dispondo de espaço necessário para difundir e reforçar ainda mais a mensagem do esporte como ferramenta para transformação social, e agora em grande estilo. 

Esse empoderamento e reverência às atletas que representam o país neste Mundial Feminino confirma a valorização do futebol feminino, não obstante, revela a importância das mulheres na transformação deste cenário, tanto na moda, como no esporte, através do protagonismo de impacto e representatividade. Dessa maneira, a relação da moda e do futebol se apresenta como uma potente ferramenta para gerar consequências sociais positivas, assim protagonizando as vitórias que se dão para além dos campos de várzea e dos grandes estádios. 

Portanto, a representatividade dessas mulheres é relevante para a expressão dos muitos interesses coletivo, comprometidas com as demandas e necessidades de tantas outras mulheres e meninas que estão assistindo a Seleção Feminina de Futebol, ao vivo e em canal aberto, dentro das salas de aula, nas ruas, nas empresas, etc., por isso e tantas outras análises é que se mostra impactante a presença das mulheres nos espaços de decisões e em desenvolvimento de projetos que buscam pela diversidade e criatividade, embutindo as suas mais diversas realidades a fim de alcançar a transformação social.

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